Magnésio no auxílio ao combate à Resistência Insulínica e à Diabetes Tipo 2

A Alimentação e a interação entre os nutrientes não são apenas para o controle da energia para se realizar as atividades do dia. Hoje, sabe-se que a alimentação é utilizada para manejo da saúde à longo prazo e para melhor qualidade de vida.

Falando em saúde e qualidade de vida, um estudo de 2022 pela revista “Frontiers in Nutrition” – com fator de impacto de 6,5 (É usado para medir a importância ou classificação de uma revista) – publicou a relação entre a doença Diabetes tipo 2, Resistência à insulina, Vitamina D e a associação que o magnésio tem com tais condições clínicas.

BAIXO STATUS DE NUTRIENTES –> RESISTÊNCIA À INSULINA –> DIABETES TIPO 2 –> OUTRAS DOENÇAS.

Mas antes de começarmos a falar do estudo, vamos classificar alguns termos.

 

O que é Resistência à Insulina?

De forma simples é a ineficiência em que o corpo adquire – por várias razões – em metabolizar a glicose que é consumida por meio dos alimentos ou produzida pelo próprio corpo (o que nos lembra que para melhorar a resistência à insulina nem sempre a chave é “cortar a massa”).

Todo alimento que você consome possui um destino.

Os carboidratos que consumimos são uma cadeia enorme de moléculas de glicose. A glicose deve se manter em um certo nível no nosso sangue, e este controle é realizado pela insulina (hormônio secretado pelas células do pâncreas).

Quando o organismo começa a ter dificuldades neste equilíbrio, chamamos este processo de Resistência à insulina. Se sustentado este caso por tempo prolongado, ou seja, a hiperglicemia sustentada, temos então a Diabetes tipo 2.

Veja alguns sintomas clássicos da Diabetes Tipo 2 – DM2:

 

O que dizem os estudos?

Nas últimas décadas, à medida que a economia global cresceu rapidamente, o número de pacientes com diabetes tipo 2 tem mostrado um aumento significativo tanto nos países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos.

Este panorama não é somente um grande fardo para os recursos médicos do mundo, mas suas complicações também dificultam muito os pacientes, seja de forma física ou psicologicamente.

A resistência à insulina é uma das principais causas do diabetes tipo 2, e cerca de 90% dos casos são causados por ela. Além do aumento da incidência de diabetes, há muito mais pessoas sofrendo com a resistência à insulina (você já deve ter ouvido falar da Síndrome Metabólica).

Como prevenir efetivamente a resistência à insulina com antecedência antes da progressão para o diabetes também se tornou uma questão de grande preocupação para os pesquisadores.

 


Onde entra a Vitamina D?

Além de suas funções mais reconhecidas – metabolismo ósseo e imunidade – a vitamina D, de certa forma, ajuda na secreção da insulina, pois atua diretamente sobre seus transportadores e receptores. Segundo um outro estudo, a vitamina D pode atuar melhorando o influxo de cálcio nas células pancreáticas, e este estimula otimiza a retirada da insulina das células do pâncreas, e assim poderão atuar nos tecidos metabolizando a glicose.

A vitamina D também atua nos receptores que recebem à insulina, e níveis baixos desta vitamina dificultam o processo de metabolização da glicose.

A resistência à insulina propicia ao organismo um ambiente pró inflamatório, e outro mecanismo interessante de atuação da vitamina D é em regular alguns receptores (chamados de PPAR), reduzindo alguns sinais de inflamação mediados por moléculas de inflamação.

Por fim, vários estudos relacionam baixos níveis de vitamina D com descontrole glicêmico, resistência à insulina e diabetes tipo 2.

 

ATUA NOS RECEPTORES DE INSULINA
MELHORA INFLUXO DE CÁLCIO NAS CÉLULAS
DIMINUI MOLÉCULAS DE INFLAMAÇÃO

Em uma análise transversal realizada por Bilge et al. em 2015, sobre uma população turca de 39 indivíduos com pesos normais e 66 indivíduos categorizados como obesos, a vitamina D foi encontrada negativamente associado ao índice HOMA-IR – que é um método para avaliar a relação metabólica entre a insulina e a glicemia (o que caracteriza a resistência à insulina).

O índice HOMA-IR é um método laboratorial de boa acurácia para avaliar se o indivíduo pode ou não ter resistência à insulina, e com isto orientar melhor a conduta médica ou nutricional.

 

Magnésio como cofator para diminuir a Resistência à Insulina

O magnésio é um mineral de extrema necessidade ao organismo, pois participa de mais de 300 processos enzimáticos no corpo. Lembre-se que as enzimas são os catalizadores de reações químicas – são elas que “fazem acontecer” o metabolismo.

Autores relatam que baixos níveis de magnésio podem prejudicar o funcionamento de uma proteína receptora de insulina – a tirosina quinase – e assim contribuir para a resistência à insulina, dados que menores relações entre receptor de insulina e insulina, há menor metabolização de glicose.

As quantidades de magnésio no organismo podem interagir diretamente com a vitamina D, onde a suplementação de magnésio mostrou-se aumentar a atividade da vitamina D no organismo, e assim aumentar o fator proteção da resistência à insulina por melhorar o status da vitamina D.

Um ensaio clínico randomizado publicado em 2018 pela Dai et al. mostrou que o magnésio otimiza o status de Vit D no corpo com efeito regulatório bidirecional; em outras palavras, o magnésio pode ser otimizado de acordo com o nível de vitamina D original do corpo para que os níveis de vitamina D sejam mantidos na faixa normal. Além disso, todas as enzimas utilizadas para o metabolismo da vitamina D parecem exigir magnésio, que atua como um cofator nas reações enzimáticas do fígado e rins.

O magnésio também ajuda a diminuir uma molécula chamada “propionato de imidazol” – que em níveis elevados piora a resistência à insulina e assim culmina na diabetes tipo 2. Além do propionato de imipramina, o mesmo ensaio randomizado descobriu que o tratamento de magnésio aumentou os níveis circulantes de ácido propiônico e reduziu os níveis de glutamato, dois metabólitos microbianos. De fato, o ácido propiônico e o glutamato estiveram associados a um risco reduzido e aumentado de diabetes tipo 2, respectivamente, e foram inversamente e positivamente associados ao IR

Em conclusão, o mecanismo possível é que a alta ingestão de magnésio aumenta a síntese de vitamina D por um lado e melhora a produção microbiana dos três metabólitos de aminoácidos, por outro lado, o que, por sua vez, reduz o IR e o risco de diabetes tipo 2.

 

Suplementação de Litho Calcium e a Resistência à Insulina

O Litho Calcium é um composto multimineral completo, contendo mais de 70 minerais essenciais ao organismo. Em maiores quantias temos o cálcio, magnésio, ferro e silício.

Suplementar Litho Calcium com a finalidade de tratar a resistência à insulina ou evitar com que ela aconteça parece ser uma boa estratégia, pois de acordo com todos os estudos, os dois minerais importantes no metabolismo da glicose – cálcio e magnésio – estão presentes em boas quantidades de forma natural no Litho Calcium.

 

Dividindo a dose em 3x ao dia, tem-se ótimas quantidades de minerais no organismo – evitando o acometimento de doenças crônicas e desconfortos na saúde.

 

Litho Calcium é de fonte natural direto do oceano. Vegano e sem glúten.

Referências:

[1] Liu Y, Gong R, Ma H, Chen S, Sun J, Qi J, Pang Y, An J and Su Z (2022) Dietary Magnesium Intake Level Modifies the Association Between Vitamin D and Insulin Resistance: A Large Cross-Sectional Analysis of American Adults. Front. Nutr. 9:878665.

[2] Silva Júnior, et al. Relação entre vitamina D e resistência à insulina. Rev. UNINGÁ, Maringá, v. 56, n. 2, p. 195-214, abr./jun. 2019.

[3] Dai Q, Zhu X, Manson JE, Song Y, Li X, Franke AA, et al. Magnesium status and supplementation influence vitamin D status and metabolism: results from a randomized trial. Am J Clin Nutr. (2018) 108:1249–58.

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